Macedonia

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Essay sobre Andy Goldsworthy


Acabei de achar esse texto que escrevi no intercâmbio. Um dos trabalhos dele ilustra o topo do blog. O objetivo era convencer a audiência de uma mostra a visitar as instalações de um artista pós-moderno escolhido e dissertar sobre uma masterpiece do mesmo.

--

Andy Goldsworthy is a British post-modern artist who works with environmental media to create mostly temporary artworks, with the purpose to show the changes of his works overtime. Goldsworthy main concerns are time, space, movement and change. The public of the 6th Asia Pacific Triennial of Contemporary Art will be extremely lucky to experience the ephemeral and delicate art of Andy Goldsworthy. The audience will have the opportunity to observe each rich instant that the work lives in, and be pleased with the intricate art of Andy Goldsworthy.


The work, Woven Beech, Hooke Entrance, Dorset 1986 is a work with the main focus being sticks symmetrically positioned in a path which leads to a forest. Each stick was pushed into the ground and structured to become a representation of an entrance, or a frame. The contrast between the sticks that form the entrance and the naturally grown sticks from the trees, gives the idea of a man made thing. It is the idea of human shaping nature, without leaving lasting marks (One of his main concerns). The representation of an entrance gives the work a kind of curiosity for the unknown, and a motivation to go inside. Despite of being an ephemeral installation, time is not the main focus on this work. Goldsworthy was more concerned about giving the work an melancholic yet tempting look, by choosing the right place and media to do his work.

Goldsworthy attempts to comprehend nature by directly participating in it, and finding unusual ways to deal with it. He rejects the idea of a closed space showing artworks, and prefers to display his work in natural environment, without using any kind of industrialized things, such as glue, nails, rope, etc. His ideology is that the human should not leave any kind of permanent mark on the environment. This work will add a lot to the exhibition because of the innovative and creative use of natural media to create a meaningful piece of work.


Ravi Macedo

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Conto Fantástico - "Sertão"

CONTO FANTÁSTICO - "Sertão"

O chão de terra batida era frio e arenoso. Já estava acostumado, porém. Toda manhã acordava cedo para colher os sabugos que haviam brotado, arar o solo próspero e ordenhar o que possível. A rotina passava sem ser notada, não era mais um fardo naquela vida.

Logo em seguida, como de praxe, saia com seu cão para pegar água do açude vizinho. A caminhada não era tão simples. O solo, a meses atrás fundo de um riacho, estava pedregoso, rachado de tão seco, e feria seus pés ao ponto de ter que parar para descansá-los. Aquele sol forte castigava o sertanejo impiedosamente. Outubro era assim: árido, ocre, sem-vida.

Chegando ao açude, a tarefa foi simples naquele dia; havia muita lama e pouca água. Sacou seu tonel, encheu até a metade e já ia fazer o caminho de volta quando notou um movimento no meio do açude . Sem hesitar, puxou um barbante com um arame na ponta, enfiou um pedaço de gordura na parte mais afiada e jogou na água turva com a esperança de pegar algo.

Vinte minutos se passaram, e as expectativas esvaiam-se aos poucos. Não era uma miragem. Ele realmente havia avistado um debato nas águas daquele barreiro.

À medida que o tempo passava, seu estômago reclamava e a vontade de voltar para casa conflitava com a de ter algo consistente para matar a fome. Já ia desistir quando uma fisgada brusca arrebatou sua atenção. Alguma coisa grande puxava a isca com toda força.

O sertanejo, empenhado e maravilhado ao mesmo tempo, puxava a linha com todo o vigor que possuía. Repentinamente, um peixe enorme saltou da água e arrastou o homem para mais perto da beira. Tinha escamas coradas, e grandes bigodes semelhantes aos de um bagre. Era quase do tamanho do pescador e continuava a puxar cada vez mais forte o barbante, que resistia incrivelmente ao embate que estava sendo travado naquele momento. O cão, afastado, latia compulsivamente.

Com a lama e a água batendo nos joelhos, amarrou a linha na cintura e começou a se arrastar aos poucos para traz. A criatura deu mais um salto e continuou se debatendo na superfície da água. Suas escamas brilhavam ao sol sertanejo um vermelho aceso.

Com um último esforço, o homem puxou o barbante com força que lhe restava e então, a linha se rompeu.

Cansado, procurou algum vestígio restante do peixe. A água ainda estava remexida, mas nenhum sinal da criatura. O cão ainda latia para o açude.

Decepcionado e com fome, juntou suas coisas, calçou as sandálias e tomou o caminho de volta para seu casebre. O sol ainda rachava a cara do pobre homem, mas pelo menos havia água. Um cantil cheio para matar a sede.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Blog destinado à fins acadêmicos! depois posto mais!
téjá